Data de publicação: 01/12/24
Pulicado por: Adriane Viapiana Bossa
Nas últimas décadas, a ideia de que o corpo humano possui formas de memória e inteligência distribuídas além do cérebro foi amplamente criticada e, muitas vezes, rejeitada pela comunidade científica. Autores como Bruce Lipton, Candace Pert e Rupert Sheldrake enfrentaram resistência por defender conceitos inovadores, como a memória celular, a inteligência da membrana celular e a conexão mente-corpo. No entanto, estudos recentes começam a trazer evidências que sustentam essas ideias, transformando o que antes era visto como pseudociência em possibilidades científicas.
Essa mudança de perspectiva é uma boa notícia para práticas integrativas como o Desbloqueio Emocional Magnético (DEM), que reconhecem que emoções não processadas podem se manifestar fisicamente nos órgãos. Vamos explorar como a ciência está avançando nesse campo e por que é importante revisitarmos essas teorias.
O Corpo Inteiro como Sistema de Memória
Por muito tempo, acreditou-se que o cérebro era o único órgão responsável por armazenar memórias e processar informações. Contudo, pesquisas recentes, como a liderada por Nikolay V. Kukushkin, da Universidade de Nova York, demonstram que células fora do cérebro também possuem a capacidade de “aprender” e formar memórias. O estudo mostrou que células renais e nervosas ativaram um “gene de memória” semelhante ao encontrado nos neurônios, desafiando a visão tradicional de que o cérebro é o centro exclusivo da memória e do aprendizado.
Essas descobertas se alinham com as teorias apresentadas por Bruce Lipton em A Biologia da Crença. Lipton já defendia que as células, por meio de suas membranas, respondem ao ambiente de forma “inteligente”, processando informações e armazenando memórias. Embora essas ideias tenham sido inicialmente vistas com ceticismo, a ciência atual começa a validar a noção de que o corpo inteiro funciona como um sistema integrado de memória.
As Emoções e os Órgãos: A Base do DEM
O Desbloqueio Emocional Magnético (DEM) é uma técnica que reconhece que emoções não resolvidas podem “ficar presas” nos órgãos e tecidos, afetando a saúde física e emocional. Essa abordagem ressoa com os trabalhos de Candace Pert, que sugeriu que neuropeptídeos—moléculas responsáveis pela comunicação entre células—armazenam informações emocionais no corpo. Segundo Pert, emoções não processadas podem criar bloqueios químicos e energéticos, impactando órgãos específicos.
Por exemplo, o DEM trabalha a hipótese de que emoções como tristeza, raiva ou medo podem se manifestar em áreas como o fígado, estômago ou coração, influenciando diretamente a saúde do paciente. Essa ideia, antes vista como metafórica ou sem base científica, ganha força com os avanços em áreas como a psiconeuroimunologia e os estudos sobre memória celular.
A Ciência Começa a Corroborar as Práticas Integrativas
As novas evidências científicas que emergem oferecem suporte às práticas integrativas, que historicamente têm sido marginalizadas. O estudo de Kukushkin, por exemplo, reforça a ideia de que células não cerebrais podem “aprender” e armazenar informações, abrindo caminho para entendermos como emoções e memórias podem residir em todo o corpo.
Além disso, o crescente interesse em epigenética—o estudo de como fatores ambientais e emocionais influenciam a expressão genética—demonstra que emoções e traumas podem deixar marcas duradouras no corpo. Isso é crucial para práticas como o DEM, que busca liberar esses bloqueios emocionais e restabelecer o equilíbrio bioquímico e energético.
De “Pseudociência” à Nova Fronteira da Ciência
Muitos autores como Bruce Lipton e Rupert Sheldrake foram rotulados como pseudocientistas por introduzir conceitos que desafiavam os paradigmas tradicionais. No entanto, a história da ciência está repleta de exemplos de teorias que, inicialmente rejeitadas, mais tarde foram validadas por novas descobertas. É o caso da epigenética, que hoje comprova que fatores ambientais e emocionais podem alterar a expressão genética, algo que Lipton já apontava há anos.
Agora, com estudos como o de Kukushkin, estamos começando a entender que a memória e o aprendizado não estão confinados ao cérebro, mas são propriedades fundamentais de todas as células. Essa mudança de paradigma oferece uma base científica para práticas como o DEM e outras técnicas integrativas, ajudando a remover o estigma de pseudociência e promovendo uma visão holística do corpo humano.
O Papel do DEM na Saúde Integrativa
O Desbloqueio Emocional Magnético não apenas ajuda a liberar emoções presas nos órgãos, mas também promove o reequilíbrio energético e bioquímico, potencializando o bem-estar físico e emocional. Com o avanço da ciência, essas técnicas podem ganhar maior aceitação e integrar abordagens convencionais e complementares na busca por uma saúde mais holística.
O Instituto Par Magnético continuará a acompanhar e divulgar esses avanços, buscando promover práticas integrativas baseadas em ciência e tradição. Afinal, o futuro da saúde está na integração entre corpo, mente e energia, onde a ciência moderna encontra as práticas ancestrais.
Estamos vivendo um momento de transição na ciência, onde paradigmas tradicionais começam a ser desafiados e teorias antes marginalizadas ganham suporte científico. Para o DEM e outras práticas integrativas, esse é um passo importante para legitimar seus benefícios e torná-las mais acessíveis a todos.
Se você se interessou por este tema, acompanhe o blog do Instituto Par Magnético para mais artigos sobre ciência, saúde integrativa e práticas magnéticas.
Referência Científica: KUKUSHKIN, N. V. et al. The Memory Mechanisms of Cells Outside the Brain. Nature Communications, 2024. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41467-024-53922-x. Acesso em: 19 nov. 2024.