Por: Adriane Viapiana Bossa
Data: 23/03/2025
A ciência do comportamento humano vem avançando rapidamente, revelando como as emoções influenciam diretamente nossas decisões, memórias e reações. No centro desse fascinante universo está a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de reorganizar-se e adaptar-se a novas experiências, e práticas integrativas como as Novas Percepções Neuronais (NPN) têm demonstrado um potencial significativo em transformar vidas por meio dessa plasticidade.
O que é neuroplasticidade?
A neuroplasticidade é um fenômeno que permite ao sistema nervoso remodelar-se, criando novas conexões neuronais ou fortalecendo as já existentes em resposta a estímulos internos ou externos. Essa capacidade é essencial não apenas para a aprendizagem e memória, mas também para superar traumas emocionais e ajustar comportamentos desadaptativos.
De acordo com Gazzaniga, Heatherton e Halpern (2018), as emoções têm um papel crucial nesse processo. Elas são respostas imediatas a estímulos positivos ou negativos, envolvendo alterações fisiológicas (como batimento cardíaco e pressão arterial), comportamentais (expressões e ações) e cognitivas (interpretações e memórias).
A contribuição do sistema límbico
No nível estrutural, o sistema límbico, especialmente a amígdala e a ínsula, desempenha um papel central no processamento das emoções. A amígdala, por exemplo, é a principal responsável pelo acionamento do medo, enquanto a ínsula participa da percepção de estados internos e emoções. Essas estruturas, interligadas a sistemas sensoriais e endócrinos, trabalham em sinergia para traduzir estímulos externos (como o ambiente) ou internos (como memórias) em respostas emocionais e comportamentais.
O que são as Novas Percepções Neuronais (NPN)?
As Novas Percepções Neuronais (NPN) são uma técnica desenvolvida no campo das Práticas Integrativas e Complementares Magnéticas (PICMAG). Baseando-se nos princípios da neuroplasticidade, o NPN utiliza estímulos bioenergéticos e magnéticos para promover a reorganização das respostas emocionais e cognitivas.
O objetivo do NPN é ajudar as pessoas a:
- Reavaliar situações que provocam reações emocionais negativas.
- Estimular novas interpretações e percepções que favoreçam o equilíbrio emocional.
- Potencializar a resiliência emocional ao criar conexões neuronais mais saudáveis.
Como o NPN atua no cérebro?
Por meio de estímulos específicos, o NPN atua na reprogramação de padrões neuronais ligados a emoções e comportamentos. Esse processo envolve tanto a reorganização de redes existentes quanto a formação de novas conexões. Imagine, por exemplo, uma pessoa que desenvolveu medo de elevadores após uma experiência traumática. Com o NPN, é possível redirecionar a memória emocional associada a esse evento, permitindo ao cérebro “reaprender” uma resposta mais adaptativa.
O NPN também se conecta com a noção de neuroplasticidade emocional, onde estímulos bioenergéticos interagem com estruturas do sistema límbico, regulando emoções e promovendo uma maior integração entre pensamentos e ações.
Por que o NPN é tão relevante?
No contexto atual, em que emoções como ansiedade, medo e estresse são cada vez mais comuns, o NPN surge como uma ferramenta eficaz e inovadora para o desenvolvimento emocional e comportamental. Diferentemente de abordagens tradicionais, o NPN trabalha diretamente com as bases biológicas das emoções, promovendo mudanças que são tanto internas quanto externas.
Além disso, essa prática destaca-se por ser não invasiva e complementar a outros tratamentos, oferecendo uma abordagem holística que considera o indivíduo em sua totalidade.
Exemplo prático de aplicação
Imagine uma pessoa que passou por um trauma, como um acidente de trânsito. Além do impacto físico, esse evento gerou respostas emocionais intensas, como medo e ansiedade, dificultando atividades cotidianas como dirigir. Com sessões de NPN, essa pessoa pode reconfigurar as associações emocionais negativas ligadas ao trauma, retomando a confiança e o equilíbrio emocional.
O futuro da neurociência e das PICMAG
As práticas integrativas, como o NPN, estão alinhadas com os avanços da neurociência, reforçando a importância de abordagens que conectam corpo, mente e emoções. No Instituto Par Magnético (IPM), essas técnicas são aplicadas para transformar a vida de pacientes, utilizando a ciência como base para o desenvolvimento humano.
A integração entre neurociência, bioenergia e práticas magnéticas não apenas amplia nossa compreensão sobre as emoções, mas também abre caminhos para intervenções mais eficazes e personalizadas.
O NPN é mais do que uma técnica; é uma oportunidade de transformação. Por meio da neuroplasticidade, podemos superar desafios emocionais, ajustar comportamentos e promover uma vida mais equilibrada e saudável. No IPM, acreditamos no poder das PICMAG para transformar a relação das pessoas com suas emoções e com o mundo ao seu redor.
Quer saber mais sobre o NPN e outras práticas PICMAG? Continue acompanhando o nosso blog e descubra como a ciência e a bioenergia podem transformar sua vida!
Referências:
GAZZANIGA, M. S.; HEATHERTON, T. F.; HALPERN, D. F. Neuroscience: Exploring the Brain. New York: W.W. Norton & Company, 2018.
KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. M. Principles of Neural Science. New York: McGraw-Hill, 2014.
LEDOUX, J. The Emotional Brain: The Mysterious Underpinnings of Emotional Life. New York: Simon & Schuster, 1998.