ds
Desbloqueio Emocional

DEM de Relaxamento: A Conexão entre Meditação, Bioenergética e Saúde Integral

Autora: Dra. Adriane Viapiana Bossa
Fisoterapeuta Integrativa | Crefito: 28627F
Diretora do Instituto Par Magnético – IPM
https://institutoparmagnetico.com.br
Data de publicação: 25 de fevereiro de 2024

O Desbloqueio Emocional Magnético (DEM) de Relaxamento é uma Prática Integrativa e Complementar, que visa compensar o estresse, aliviar os estados emocionais negativos como de ansiedade, preocupação, insegurança e ainda busca modular a atividade imunológica e a produção de hormônios do bem-estar e saúde, através de estímulos positivos gerados pela concentração, relaxamento, meditação guiada, frequências, emoções positivas, Comandos de Bioenergética e Hologramas.

As bases do DEM de Relaxamento estão na Meditação, na Bioenergética e na Medicina Tradicional Chinesa, técnicas milenares que promovem o bem-estar físico, emocional, psicoemocional e social aos praticantes.

Estudos tem mostrado que as práticas complementares e integrativas ampliam o espaço amoroso do indivíduo, minimizando o estresse crônico, colaborando com a expressão de princípios morais e comportamentais de autocuidado e autorresponsabilidade que repercutem positivamente nos aspectos da vida relacionados ao bem-estar, qualidade de vida e saúde (PÓLROLA, 2018; KALIMAN, 2018; HSIEH, 2013).

O objetivo da técnica é a reprogramação da expressão gênica através da sua atuação sobre o epigenoma. Ao associar a meditação guiada com os estímulos da bioenergética, o DEM de Relaxamento atua para que o indivíduo tenha uma maior capacidade de gerenciamento emocional, pois libera o estresse que se relaciona com comportamentos nocivos, hábitos, crenças e experiências negativas que bloqueiam a vivência de uma saúde física, emocional, sentimental e espiritual.

O DEM de Relaxamento atua bioquimicamente sobre as glândulas neuroendócrinas para que o organismo tenha maiores condições de voltar a homeostase após um conflito ou estresse emocional, minimizando os efeitos maléficos do cortisol e da inflamação crônica.

Tenha em mãos um guia prático com recursos terapêuticos para o alívio do estresse, ansiedade e mais: https://go.hotmart.com/N90644795U

Apesar de termos um aparato neuro psicofisiológico capaz de restauração homeostática, a exposição aos mediadores químicos do estresse resulta em desgaste do corpo. Os principais mediadores químicos da homeostase são os hormônios do eixo Hipotalâmico-Hipofisário-Adrenal (HHA) como o cortisol, as catecolaminas, como a dopamina, epinefrina e norepinefrina e as citocinas. Na luta pelo equilíbrio bioelétrico e bioquímico, nosso corpo ao fornecer energia necessária para que o organismo possa lidar com o aumento da demanda a um estressor agudo, o hipotálamo secreta o hormônio liberador de corticotropina (CRH), que viaja para a glândula hipófise e estimula a secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O ACTH, por sua vez, é liberado na corrente sanguínea e eventualmente atinge o córtex adrenal, onde estimula a liberação de cortisol.

A liberação de cortisol em resposta a um estressor agudo está envolvida na promoção das funções de sobrevivência, como aumentar a pressão arterial e os níveis de açúcar no sangue e promover a analgesia, ao mesmo tempo em que conserva energia de funções não vitais que levam a supressão das atividades reprodutivas, imunológicas e digestivas.

Mesmo que ao fim do processo estressor não haja inflamação, ou seja, mesmo que ocorra o reparo da homeostase sem prejuízo do organismo, ainda assim sentimos a neuroquímica atuando nas nossas emoções e sentimentos e por isso é muito importante que haja a compensação da perda energética com o exercício das emoções positivas no dia a dia, isso o pode ser adquirido e estimulado com a prática constante do DEM de Relaxamento.

Sabe-se que o estresse prolongado gera maior demanda energética do organismo. Elevações por tempo prolongado de glicocorticóides podem ter efeitos prejudiciais ao longo da vida, principalmente quando as respostas agudas ao estresse se tornam crônicas, isto justamente pelo aumento dos fatores inflamatórios que são precursores de inúmeras doenças crônico degenerativas. Desta forma, pelo exposto acima, praticar o DEM de Relaxamento é um meio de prevenção de enfermidades que afetam a sociedade moderna.

Pesquisadores da nutrigenética, nutrigenômica, genética, epigenética, bioenergética e medicinas complementares e práticas integrativas, passaram a realizar mais pesquisas sobre como a modulação do estresse, o estimulo à felicidade, o bem-estar e como estes poderiam auxiliar no “apagar” as marcas epigenéticas que ligam a expressão gênica de doenças hereditárias relacionadas ao estresse. Os resultados são que precisamos estimular o organismo a minimizar ou até apagar as marcas epigenéticas que ligam as doenças.

Aumentar o “espaço de afetividade do indivíduo em relação a si mesmo e aos demais”, aumentar o “espaço amoroso da pessoa em relação a si mesma e aos demais” inibindo assim a inflamação crônica com práticas de relaxamento e meditação, é um caminho para manutenção da saúde integral, por isso, o Instituto Par Magnético – IPM, lançou o PROJETO SOCIAL do DEM HUMANITÁRIO, onde o DEM de Relaxamento pode levar estímulo de saúde para todos os que buscam cuidar da sua saúde e melhorar seus aspectos emocionais em seus relacionamentos sociais, bem como para os que buscam o autoconhecimento e autodomínio emocional. Conta para isso com a colaboração dos terapeutas formados pelo IPM que são capacitados para atuar com o Desbloqueio Emocional Magnético nas suas diversas possibilidades, de forma pública ou privada.

Há evidências consideráveis da eficácia das intervenções mente-corpo na melhoria da saúde mental e física. As intervenções terapêuticas que trabalham mente-corpo podem reverter a expressão de genes envolvidos em reações inflamatórias que são induzidas pelo estresse. Resultados de 18 estudos que usaram análise de expressão gênica em pesquisas sobre meditação e outras intervenções mente-corpo, encontraram em geral uma regulação negativa de genes direcionados a NF-B, o que pode ser entendido como a reversão da assinatura molecular dos efeitos do estresse crônico (BURIC, 2017).

Outros dados de estudos revelam que as terapias complementares que atuam sobre mente-corpo, têm efeitos bioquímicos que há muito desafiam a explicação científica, mas que afetam positivamente a cicatrização de tecidos lesados e isso se deve a mecanismos epigenéticos e a modulação da expressão gênica.

A Figura abaixo se refere ao estudo de revisão dos Mecanismos Epigenéticos de algumas práticas integrativas e complementares (KANHERKAR, 2017).

Os diferentes tipos de medicinas integrativas ou práticas complementares apresentados na figura acima foram pesquisados e sugerem que a resposta positiva aos tratamentos se relaciona com modulação epigenética. As medicinas integrativas têm sido comumente indicadas e utilizadas para melhorar a saúde e as condições patológicas e seus benefícios e mecanismos de ação passam atualmente por vários estudos. O principal impacto positivo visto em todos os estudos é sempre o “alívio dos sintomas das doenças”, independentemente da prática aplicada. Além de melhorar os sintomas, essas abordagens continuaram a afetar a mente, o corpo, e o epigenoma de células somáticas no corpo humano, melhorando a dor de diversas patologias.

As práticas funcionam nos diferentes níveis por meio de uma sequência hierárquica específica ou em diferentes níveis simultaneamente. A figura acima apresenta como as práticas integrativas funcionam nos níveis: psicológico, fisiológico, bioquímico e epigenético. As setas vermelhas indicam os diferentes níveis iniciais onde as práticas exercem sua ação para que a ação final seja exercida no epigenoma. Um epigenoma alterado produz efeitos benéficos em diferentes níveis indicados pelas setas verdes. Fonte: (KANHERKAR, 2017; PÓLROLA, 2018).

O Desbloqueio Emocional Magnético e o DEM de Relaxamento são ferramentas incríveis para a redução do estresse, o que auxilia na melhora dos desfechos epigenéticos, no aumento da felicidade, nas mudanças de estrutura mental, emocional e bioquímica que reduzem o cortisol e a inflamação crônica, ou seja, as práticas integrativas atuam no âmbito psicológico, fisiológico e celular até chegar ao nível epigenético.

É importante salientar que para se chegar no nível epigenético, o comportamento ou o estímulo da prática precisa ser contínuo para que o benefício que a prática alcançou seja mantido, pois a pessoa acaba se tornando a própria mudança, ou seja, se torna uma pessoa menos estressada naturalmente e continuamente retroalimentando desta forma os níveis acima para manutenção da saúde integral. Estas evidências nos estudos demonstraram que não se obtém resultados ao fazer apenas um dia de prática, o estímulo contínuo é imprescindível (KALIMAN, 2018; HSIEH, 2013; KANHERKAR, 2017; PÓLROLA, 2018).

 

REFERÊNCIAS:

RICE, R. W, FRIBERG U, GAVRILETS S. Homosexuality as a consequence of epigenetically canalized sexual development. Q Rev Biol. 2012 Dec;87(4):343-68. doi: 10.1086/668167. PMID: 23397798.

CLAES, S. Neuroepigenetics of Prenatal Psychological Stress. In: Progress in molecular biology and translational science. Academic Press, 2018. p. 83-104.

MARSHALL, P; BREDY, T. W. Cognitive neuroepigenetics: the next evolution in our understanding of the molecular mechanisms underlying learning and memory?. NPJ science of learning, v. 1, n. 1, p. 1-8, 2016.

SCOVILLE, W. B.; MILNER, Brenda. Loss of recent memory after bilateral hippocampal lesions. The Journal of neuropsychiatry and clinical neurosciences, v. 12, n. 1, p. 103-a-113, 2000.

FRANCO, F., et al. “Metabolic and epigenetic regulation of T-cell exhaustion.” Nature Metabolism 2.10 (2020): 1001-1012.

KAMINSKY, Z., et al. Epigenetics of personality traits: an illustrative study of identical twins discordant for risk-taking behavior. Twin Research and Human Genetics. (2008). 11: 1–11. PMID 18251670doi:10.1375/twin.11.1.1

MELONI, M., and Giuseppe Testa. “Scrutinizing the epigenetics revolution.” BioSocieties 9.4 (2014): 431-456.

MORANGE, M. “The relations between genetics and epigenetics: a historical point of view.” Annals of the New York Academy of Sciences 981.1 (2002): 50-60.

TREROTOLA, M., et al. «Epigenetic inheritance and the missing heritability». Human Genomics. (2015). 9 (1). 17 páginas. ISSN 1479-7364PMC 4517414PMID 26216216doi:10.1186/s40246-015-0041-3

GERBER, Richard M. D. Medicina Vibracional. Uma Medicina para o futuro. Trad. Paulo Cesar de Oliveira. São Paulo: Cultrix, 1988.

CITRO, Massimo. O Código Básico do Universo: A Ciência dos Mundos Invisíveis na Física, na Medicina e na Espiritualidade. São Paulo, 1ª edição, Cultrix, 2014.

JIRTLE RL, Skinner MK. Environmental epigenomics and disease susceptibility. Nat Rev Genet. 2007 Apr;8(4):253-62. doi: 10.1038/nrg2045.

YEHUDA, R., Daskalakis, N. P., Lehrner, A., Desarnaud, F., Bader, H. N., Makotkine, I., … Meaney, M. J. (2014). Influences of Maternal and Paternal PTSD on Epigenetic Regulation of the Glucocorticoid Receptor Gene in Holocaust Survivor Offspring. American Journal of Psychiatry, 171(8), 872–880. doi:10.1176/appi.ajp.2014.13121571.

VUKOJEVIC V, Kolassa IT, Fastenrath M, Gschwind L, Spalek K, Milnik A, Heck A, Vogler C, Wilker S, Demougin P, Peter F, Atucha E, Stetak A, Roozendaal B, Elbert T, Papassotiropoulos A, de Quervain DJ. Epigenetic modification of the glucocorticoid receptor gene is linked to traumatic memory and post-traumatic stress disorder risk in genocide survivors. J Neurosci. 2014 Jul 30;34(31):10274-84. doi: 10.1523/JNEUROSCI.1526-14.2014.

PERROUD, N., Rutembesa, E., Paoloni-Giacobino, A., Mutabaruka, J., Mutesa, L., Stenz, L., Karege, F. (2014). The Tutsi genocide and transgenerational transmission of maternal stress: epigenetics and biology of the HPA axis. The World Journal of Biological Psychiatry, 15(4), 334–345. doi:10.3109/15622975.2013.866693.

PALMA-GUDIEL, H., Córdova-Palomera, A., Leza, J. C., & Fañanás, L. (2015). Glucocorticoid receptor gene (NR3C1) methylation processes as mediators of early adversity in stress-related disorders causality: A critical review. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, 55, 520–535. doi:10.1016/j.neubiorev.2015.05.016.

ARGENTIERI, M. A., Nagarajan, S., Seddighzadeh, B., Baccarelli, A. A., & Shields, A. E. (2017). Epigenetic Pathways in Human Disease: The Impact of DNA Methylation on Stress-Related Pathogenesis and Current Challenges in Biomarker Development. EBioMedicine, 18, 327–350. doi:10.1016/j.ebiom.2017.03.044.

BORÇOI, A. R., Mendes de Oliveira, S., Gasparini dos Santos, J., Mota de Oliveira, M., Moreno Arantes, I. A., Freitas, F. V., … Álvares-da-Silva, A. M. (2019). Risk factors for depression in adults: NR3C1 DNA methylation and lifestyle association. Journal of Psychiatric Research. doi:10.1016/j.jpsychires.2019.10.011.

LABONTE, B., & Turecki, G. (2010). The Epigenetics of Suicide: Explaining the Biological Effects of Early Life Environmental Adversity. Archives of Suicide Research, 14(4), 291–310. doi:10.1080/13811118.2010.524025.

CAVALLI, Giacomo, and Edith Heard. “Advances in epigenetics link genetics to the environment and disease.” Nature vol. 571,7766 (2019): 489-499. doi:10.1038/s41586-019-1411-0.

FAN, Y., Herrera-Melendez, A. L., Pestke, K., Feeser, M., Aust, S., Otte, C., … Grimm, S. (2014). Early life stress modulates amygdala-prefrontal functional connectivity: Implications for oxytocin effects. Human Brain Mapping, 35(10), 5328–5339. doi:10.1002/hbm.22553.

BABENKO, O., Kovalchuk, I., & Metz, G. A. S. (2015). Stress-induced perinatal and transgenerational epigenetic programming of brain development and mental health. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, 48, 70–91. doi:10.1016/j.neubiorev.2014.11.013.

BURIC, I., Farias, M., Jong, J., Mee, C., & Brazil, I. A. (2017). What Is the Molecular Signature of Mind–Body Interventions? A Systematic Review of Gene Expression Changes Induced by Meditation and Related Practices. Frontiers in Immunology, 8. doi:10.3389/fimmu.2017.00670.

KANHERKAR, R. R., Stair, S. E., Bhatia-Dey, N., Mills, P. J., Chopra, D., & Csoka, A. B. (2017). Epigenetic Mechanisms of Integrative Medicine. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2017, 1–19. doi:10.1155/2017/4365429

HSIEH, H.-Y., Chiu, P.-H., & Wang, S.-C. (2013). Histone modifications and traditional Chinese medicinals. BMC Complementary and Alternative Medicine, 13(1). doi:10.1186/1472-6882-13-115

KALIMAN, P. (2018). Epigenetics and meditation. Current Opinion in Psychology. doi:10.1016/j.copsyc.2018.11.010

PÓLROLA, P., Wilk-Franczuk, M., Wilczyński, J., Nowak – Starz, G., Góral-Półrola, J., Chruściński, G., … Żychowska, M. (2018). Anti-inflammatory effect on genes expression after four days of Qigong training in peripheral mononuclear blood cells in healthy women. Annals of Agricultural and Environmental Medicine. doi:10.26444/aaem/85208

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *