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Biomagnetismo

Onde as emoções se aprisionam?

A ideia de que os tecidos podem possuir algum tipo de memória é um tema que desperta o assombro de alguns e interesse de muitos, exigindo pesquisa e exploração clínica.

Muitas práticas clínicas como a quiropraxia, cinesiologia funcional, microfisioterapia ou as práticas integrativas como Desbloqueio Emocional Magnético – DEM e a hipnose clínica experimentaram fenômenos que podem ser interpretados como representando uma liberação de traços de memória de eventos traumáticos ou sentimentos doloridos ao trabalhar em tecidos disfuncionais ou campo energético alterados.

Em alguns casos, as primeiras experiências traumáticas podem ser lembradas e a potência da memória pode ser apagada ou aliviada, juntamente com a restauração da função dos tecidos e campos energéticos afetados.

Daí as perguntas: as memórias podem ser mantidas nas fáscia musculares? Podem estar aprisionados nos órgãos ou tecidos?

E: essas memórias são acessíveis?

Nas últimas décadas, muitas das pesquisas científicas que tentaram desvendar o funcionamento do corpo humano concentraram-se em estudar três sistemas principais: o genoma, o proteoma e o microbioma.
O genoma é a sequência de DNA que todo organismo possui e contém sua informação genética completa. Já o proteoma é o conjunto de proteínas fabricadas pelos genes – os “tijolos essenciais” da vida. E o microbioma é o ecossistema de micro-organismos que vivem no corpo e são fundamentais para a saúde.

Começa agora a aumentar o interesse por outro sistema que é fundamental para a vida, não só dos seres humanos, mas também das plantas e de outros animais: a rede bioelétrica que faz os organismos funcionarem. Alguns cientistas começaram a chamá-la de “electroma”.

A pesquisa moderna propôs uma variedade de interpretações diferentes sobre como a memória pode ser armazenada em tecidos moles, possivelmente envolvendo outras formas de armazenamento de informações não processadas exclusivamente neurologicamente fundamentando ainda mais o que os profissionais da saúde já observam em sua prática clínica.

Tozzi e colaboradores (2014) levantaram uma hipótese a partir da análise de vários outros pesquisadores e chegaram à conclusão que há evidências crescentes de que organismos podem se comunicar entre células e tecidos por radiações eletromagnéticas, fônons e fótons.

Acredita-se que os biofótons sejam emitidos de um campo de fótons coerente dentro do sistema vivo (Popp et al., 1992) que pode funcionar como um campo de armazenamento de energia (e possivelmente como memória). Parece então que a matriz corporal, como um sistema físico e energético contínuo, é capaz de conduzir unidades de mensagens na forma de elétrons, vibrações, prótons, fótons, fônons.

A rede informacional distribui sinais regulatórios por todo o corpo, coordenando as atividades celulares e extracelulares envolvidas no crescimento, morfogênese e regeneração (Ho et al., 1994).

Uma possibilidade ainda mais interessante é que o contínuo cristalino líquido possa funcionar como um meio holográfico quântico, registrando os padrões de interferência de atividades locais interagindo com um campo globalmente coerente. A memória holográfica é distribuída globalmente e ainda pode ser acessada e recuperada localmente. Possivelmente durante o trabalho corporal, a interação de campos vibracionais, biomagnéticos e bioelétricos entre terapeuta e cliente pode permitir uma troca de informações sobre a história e o estado atual da matriz viva (Oschman e Oschman, 1994).

As informações codificadas em a estrutura e a atividade das célulfas e tecidos podem ser lidas holograficamente, sintonizando as frequências apropriadas. Isso pode até levar a uma lembrança de traumas passados e de uma série de sensações relacionadas. O resultado pode ser a restauração, balanceamento e ajuste de circuitos vibratórios ressonantes.

Deste modo sugere-se a possibilidade de que a terapia manual possa afetar várias formas de memória, produzindo profundas alterações teciduais de efeitos subatômicos a globais (Tozzi te al., 2014).

Referência:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1360859213001927
https://www.nytimes.com/2023/02/28/books/review/we-are-electric-sally-adee.html?smid=url-share

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