Retiramos um trecho do livro: El Gran Diccionario de las Dolencias y Enfermidades – Jacques Martel
Vem conferir!
A alergia é o estado de um sujeito que, por contato prévio com um antígeno apropriado, adquiriu a propriedade de reagir a um segundo ataque do mesmo antígeno, de forma diferente, muitas vezes mais violenta e incontrolável. Uma alergia é uma resposta superativada do sistema imunológico a um antígeno estranho.
“A substância alergênica não causa reação na maioria das pessoas, mas é identificada pelo sistema imunológico como perigosa para mim.”
Essa resposta, fruto de uma causa interna, muitas vezes é o meio pelo qual o corpo me diz que estou vivenciando um estado de agressividade e hostilidade em relação a uma pessoa ou a qualquer situação, dependendo da interpretação mental do que vivo de tão especial.
As alergias (incluindo a febre do feno) são semelhantes à asma, mas a reação ocorre mais ao nível dos olhos, nariz e garganta do que nos pulmões ou no peito.
A que sou alérgico? O que é que me super-ativa tanto? O que realmente causa irritação e a forte resposta emocional do meu corpo (querer assoar o nariz, lacrimejamento dos olhos, vontade de chorar)? São todas as respostas do sistema emocional, a liberação de emoções reprimidas por uma reação do meu Corpo. Ele reage a algo, uma espécie de símbolo mental, porque tenta ignorar o que te incomoda. Então eu rejeito uma parte de mim que me ataca. É o meio que uso para expressar minhas emoções, para expulsar o bandido! Nada pode deter por enquanto essa reação de rejeição, e isso não é racional porque faz parte do campo do instinto e do inconsciente.
É como se houvesse algo fora de contexto aqui, um inimigo incomodando minhas barreiras de proteção. Esse inimigo toma o poder, meu poder de ser e fazer, e isso me impressiona. Fico impressionado com o poder dos outros em detrimento do meu. Sinto-me ameaçado por um certo medo inconsciente de que me recuso a viver. As alergias tendem, assim, a indicar um nível profundo de intolerância, talvez o medo de ter que participar plenamente da vida, de me libertar de todas as muletas emocionais que me sustentam e que me permitiriam viver de forma auto-suficiente. Talvez eu tenha dificuldade em discernir, escolher, tomar o lugar que me corresponde. A característica da pessoa alérgica é muitas vezes a sensação de não estar bem! Quero atrair e ter a atenção, simpatia e apoio dos outros. Eu uso a alergia para ter amor? É possível. De qualquer forma, uma coisa é certa: tenho alergia porque rejeito uma parte de mim e minha luta inconsciente é grande. É minha resistência, minha maneira de dizer não. Eu tenho o poder de decidir o que é conveniente para mim em meu próprio universo.
Os indivíduos podem ser alérgicos a todos os tipos de coisas; comida, objetos, formas, cheiros. Tudo o que, de perto ou de longe, envolve os cinco sentidos (principalmente o olfato, que é o sentido mais poderoso do ponto de vista da memória).
Minha mente registra uma infinidade de sentimentos bons ou ruins para mim. É muito possível que, se sou alérgico a alguma coisa, seja que meu mental a tenha associado a uma certa memória boa ou ruim e que meu instinto a rejeite neste momento. A alergia aparece frequentemente após um evento em que me senti separado de uma coisa, um animal, uma pessoa. Quando eu reviver uma situação que me lembre desse acontecimento triste e doloroso para mim, terei essa alergia porque, em algum lugar, meu corpo (meus sentidos) lembra de tudo e tudo fica registrado nas minhas células. Se a situação vivida é acompanhada de grande angústia, são os seios da face que serão afetados (resfriado, espirros). Se predominar o medo, a minha alergia irá expressar-se mais através da tosse (dificuldade em respirar) e se for antes a própria separação que experimentei com dificuldade, as reações alérgicas serão mais encontradas ao nível da pele (eczema, urticária, dermatite, etc.
A alergia a um alimento (por exemplo: açúcar, glúten, leite) está ligada a uma experiência em que, sendo colocado em uma situação em que tive que dizer não ao que mais gostei, segue-se a frustração e me torno alérgico para isso. Muitas vezes é um medo do novo e da aventura, uma falta de confiança na vida. Agora me sinto compelido a me privar desse tipo de alegria, pensando que a vida é algo comum, sem desafios. O que eu quero evitar enfrentar? O que é que me faz reagir tanto? O que é que te assusta tanto por dentro? Existe algo de que desconfio a ponto de mantê-lo longe de mim? Parece-me que, em certos casos, minha mente faz uma associação de certas situações com substâncias por causa dos homônimos. Assim, se eu tivesse que deixar a maçã (do meu bairro) para ir trabalhar em outra cidade, me tornei alérgico à maçã (fruta). Alguns anos depois, tendo aceitado e integrado essa mudança, a alergia desapareceu. A seguir, damos outro exemplo: um recém-nascido alérgico a “pressacs” (pêssegos em catalão, ou seja, uma fruta). Porque? Porque sua mãe impaciente, prestes a dar à luz, alguns meses antes, havia dito ao seu cônjuge catalão: “Vou estar na cadeia, ou vou me atrasar no hospital!” Aqui, a palavra “pressac” é quase homônima de “presa”. Assim, na base da alergia, há sempre uma emoção de irritabilidade ou frustração associada a um produto ou a uma situação pelo que representa para me lembrar desse desconforto que devo integrar ou tomar consciência. Começando a aceitar na minha vida os meus medos no nível do meu coração, o processo de integração será ativado e as alergias que complicam minha existência retornarão ao universo transmutaras em tolerância e aceitação.
Eu preciso de paz interior e acima de tudo de amor. Eu fico aberto e tudo vai correr pelo melhor.
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